quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Enterros

Noite fria de morte e negrume.
Passos tristes, caminhando pelo centro de uma cidade deserta.
O Bafo quente da amiga morte, na minha nuca.
Coração dilacerado por alguém que partiu.
Razão tendo que aceitar a despedida.

Choro engasgado de sentimentos, que não conseguem sair...
Palavras que morrem, antes de se tornarem fonemas.
Sento, espero..
Um corpo para em minha frente.
Quase reconheço a alma de alguém querido.

Olhe para o caixão do Adeus definitivo.
Me apego e olho para as ultimas recordações.
Tento dizer tudo o que carrego.
Mas coloco essas palavras e sentimentos ao lado do cadáver.
Me atenho ao corpo, procurando a alma que amei.

Que morreu
Que partiu
Que não voltará
Corro para um novo recomeço dia após dia
Agradecendo a quem merece os agradecimentos sinceros.

Todo homem precisa de seus enterros.

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