terça-feira, 29 de março de 2011

Ode aos solitários.


Gosto dos solitários.
Aqueles, que ficam com um sorriso.
Quando andam nas ruas vazias.
E assoviam a mesma música.

Que não precisam se enquadrar.
Ou engolir sonhos, que verdadeiramente não são seus.
E de maneira nenhuma, assumir personalidades variadas.
Privilegia alguns com sua companhia.

Eles querem amar, sim com certeza.
Mas também, querem o prazer da sua própria companhia.
Ter o direito de se fechar quando quiserem.
De criar e recriar mundos, brincando como deuses.

Não precisam de aplausos.
Tão pouco serem lembrados.
Ou se fazerem lembrar.
Apenas São.

As vezes se machucam.
Por carregarem tal espirito errante.
Se debatem contra seus próprios ossos.
Desistem e aceitam o que são.

E gargalham com seu sorriso de esfinge.
Rodopiam com seus momentos a sós.
Abraçam livros.
Beijam músicas.

E amam os detalhes.
E o som do silêncio, fazendo eco no ser.
Shhh
Me deixe só...

4 comentários:

Ana disse...

solitários como nós :)

Anna Paula Passini disse...

O melhor texto dos últimos tempos, me vi nele o tempo inteiro. Pra variar, meu amigo escreve muuuito. hahaha

A Equilibrista disse...

É quando descobrimos em nós a nossa melhor companhia.

Vanessa Aticuruman disse...

é... *-*
Fiquei sem palavras, sério.
Junior, gostei imenso.
((:

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