sábado, 28 de maio de 2011

Quero ser Praça


Ela está lá povoada.
Risonha e generosa.
Ampla e discreta.
A Praça.

Quero ver os namorados.
Quando se perdem nos olhos.
Uns dos outros
Com as mãos dadas.

Ou receber de braços abertos.
Aquela garota que chora copiosamente.
Sozinha pelos seus desmoronamentos.
Interiores.

Sentar ao lado, das pessoas que procuram.
Um motivo para a vida continuar.
Arrastar os móveis.
Redecorando aquele coração.

A praça onde a Lua.
Joga seu encanto no chão.
Onde a criança corre e corre.
Para dar a volta ao mundo.

Eu que perdi tudo.
Que estraguei tudo com minha destrutividade.
Que peguei o amor pelos colarinhos e o chutei.
Que me apego a minha solidão.

Eu que vou deixar as pessoas.
Adoraria ser Praça.
Presente mas sem importância.
Solene aos meus próprios olhos.

Cansado.

1 comentários:

A Equilibrista disse...

Alguns nascem apenas para observar. Vc acredita mesmo nisso...

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