quarta-feira, 9 de maio de 2012

Partida


Fez a mala.
Não tinha muita coisa.
Pegou o velho casaco cinza.
Não falou.
Sequer olhou para trás.

O som dos seus passos.
Era o que eu ouvi.
Enquanto isso meu café esfriava.
Era a paralisia da incredulidade.
Desmoronamento, eu estava soterrado.

O silêncio me incomoda.
O relógio andava rápido.
Seu rumo era a destruição de quem eu era.
Por ironia a Lua estava linda.
E a dor me fez mudo.

A Porta fechou.
Nunca mais vou ver seu riso.
Seu tom de voz carinhoso.
Passou, a porta se fechou.
Para um definitivo
Nunca mais..

4 comentários:

A Equilibrista disse...

Nada é definitivo amigo...
Os ventos que levam qs sempre são os mesmo que trazem de volta.

suelen disse...

me remete ao passado,uma nostalgia fascinante,que insiste em voltar

Kelly Siqueira disse...

impossivel não me identificar <3
sinto uma paz tão grande vindo aqui! *-*

Alice disse...

poxa, cheguei a visualizar a porta se fechando e o café na mesa e tal. ainda bem que cafés novos são passados e portas novas se abrem! heh xD

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