quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pequenezas


Esses dias tudo estava meio acizentado, eu com meus pensamentos difusos e sempre cheios de " por quês", aquela confusão mental que as vezes me invade como catástrofe natural e com suas enxurradas que tiram as pessoas que nao deveriam ir nunca.

Em meio a essas nuvens no refeitório gelado onde eu almoço, comida com gosto de plástico, rotina de mecanismos, tempo nublado e sem possibilidades de novos amores e destinos diferentes, me dirijo até a pia, me preparando para lavar aquilo que outrora me alimentou.

Quando...

No canto da pia de pedra fria, um vaso com violetas me deixa parado, completamente sem ação, as pétalas branquinhas com respingos de roxo, tão pequena e delicada no meio daquela sujeira toda, ali ela era mais bela do que qualquer orquidea, me agraciou por um dia todo, um presente de que Deus deixou ali, para ser visto pra quem ver detalhes.

Tantas vezes somos tão cegos.

Sai daquele refeitório de luzes opacas, como aquele rapaz que se ajeita, por que pode encontrar o amor de sua vida na próxima esquina. Carregando violetas no coração, quem sabe um amor de violetas, recheado com aquela simplicidade tranquilizadora e tremendamente bela.

1 comentários:

A Equilibrista disse...

Eita cantinho que me encanta com cada palavrinha doce. :)
Que esse amor em forma de violeta chegue e faça cócegas em teu coração.
beijo! bem apertado!

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