sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pequena Crônica Urbana.


Era um inverno, com aqueles sopros de ventos gelados, caminhava depois do expediente no escritório, depois de um trabalho mecânico, repetitivo e sem vida. Andava sem rumo pelas ruas de gente apressada, era impressionante que cada um ali tinha um destino certo, uma pressa e uma ambição. Precisavam ir, precisavam estar em algum lugar, ele não.


Pensava no vento gelado cortando seu rosto, gostava daquela sensação de sair sem destino algum, pensar um pouco, assoviar uma canção que estava na sua cabeça, será que precisava parar de imaginar coisas? Afinal os relógios continuavam a girar sem descanso, havia obrigações, diplomas, carteira de motorista, gravatas, impostos, tic tac.

Será que as pessoas não sorriam mais, tinha a sensação que todos viraram outdoors humanos, no fundo ele sabia que não se encaixaria, sabia que estaria sempre só, alguns homens tinham que cumprir sua sina. O vento continuava soprando, mas algo mudou depois daqueles quarteirões, resolveu deixar ilusões para trás.

Entrou no velho bar, e pediu uma dose de realidade...

1 comentários:

Kelly Siqueira disse...

ai junim, pare de ser perfeito, fazfavô! <3

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