quarta-feira, 30 de março de 2011

Charlotte


Abriu a janela o dia não tinha sol e nem chuva, ela o definiu como o dia preguiçoso, pulou da cama e se olhou no espelho e riu muito dos seus cachos atrapalhados, começa um novo dia, aqueles olhos brilhantes quando ela acorda, sempre me dão a impressão que hoje é o primeiro dia... de um viver peculiar.

Olhar com atenção para ela, sempre arranca sorrisos de qualquer ser humano, ou não humano, Charlotte era assim, nasceu para ser a encarnação de todas as coisas graciosas, seu jeito de andar com pés deslizantes, seus vestidos e acessórios, tudo era ela digo, tudo lembrava ela. Era uma extensão da sua alma encantadora.

Ela não diferenciava o amor, eu acho muito engraçado ela trata seus livros, com o mesmo amor, que trata seu namorado, calma caro leitor ela não é fria, mas na cabeça dela não existia as escalas de amor, como nós sempre fazemos, simplesmente o amor naquele coração, era um ditador com plenos poderes e não se sentia ameaçado, sendo assim conto com sua compreensão.

Um outro charme da nossa querida e doce Charlotte, sempre era uma atrapalhada, suas confusões eram dignas do cinema mudo, telefonista com gagueira psicológica, tinha mania de colecionar ferimentos, mas não se lembrava como eles foram parar ali. sua expressão de surpresa era sempre memorável.

Lia muito de tudo, receitas, filosofia, revistas, recriava tudo colocava adesivos em espelhos, broches em roupas, botões em casacos, cores recriava tudo, para seu próprio deleite, tudo que entrava no seu mundo era de certa forma redecorado, sejam objetos a pessoas, outra coisa que ela adorava e não me pergunte o motivo, era correr, correr em campos abertos, até quase naum haver mais respiração e repentinamente deitar no chão e sentir o que ela chamava " invasão do ar " em seu corpo, inventava trilhas sonoras pra sua vida.

Seu mundo era vestido de uma simplicidade clássica, meiga e hipnótica, e eu apaixonada como estava, observava tudo sempre tão atônito, maravilhado por ver um milagre de carne e osso....

5 comentários:

Ana disse...

"tinha mania de colecionar ferimentos, mas não se lembrava como eles foram parar ali."
e redecorar a vida, objetos e pessoas...

gostei dessa Charlotte.
um beijo, docinho ;*

A Equilibrista disse...

Que inspiração! Amei esse post!
Amei essa menina!!
Bjs mil!

Anna Paula Passini disse...

Charlotte, uma admiração: amar sem escalas..

Shirley Souza disse...

Como me pareço com Charlotte, e naum é pretensão!

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