segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Errante


A chuva inunda e corta sua pele.
Passos vacilantes.
Gritos que saem dos poros.
Cabeça voltada ao chão, procurando algo que se perdeu.

Pelo Caminho.

Rasga a própria carne.
Para desenterrar as lembranças.
Não ri o riso.
Assovia a velha canção.

Pelo Caminho.

O coração está em uma urna.
Encostada dentro do peito.
Sem valor, assusta quem o vê.
Errante que sempre erra.

O Caminho.

Sonhos se foram.
São apenas o hábito do dia a dia.
Nada mais, não será notado.
Quando se transformar em pó.

E será parte do Caminho.


1 comentários:

A Equilibrista disse...

Não faça do abismo sua morada meu amigo...

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