terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Distinto Destino.


Chovia muito, por vários dias.
Aquele cheiro de pele molhada.
Roupas úmidas.
Parado em frente a porta tão conhecida.

Entra no conforto do seu mundo.
A velha poltrona, que já tem o desenho das suas costas.
A chaleira zunindo.
A estante de livros empoeirados.

Um dia ele decidiu que os sonhos.
Deveriam ficar no lugar em que estão
Na imaginação, e se satisfez com isso.
Seus belos olhos castanhos, não perderam o brilho.

Apenas cuidou das pessoas.
Se lembra de cada uma.
Abre sempre a janela, para sentir o vento entrar.
E se sentar.

Cada ser que passou. são como os livros da estante.
Na madeira rústica, ele sente a textura de suas capas.
A fragilidade de suas páginas.
No horizonte os timidos raios de sol.

As sinfonias da vida estão ali.

1 comentários:

Thata disse...

lindo texto. e muito reflexivo também. Abraços Thata http://cafecomtrufa.blogspot.com/

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