segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Pensamentos no Varal


É interessante notar como a chuva se tornou constante, no começo era um estranhamento, mas hoje quase não lembramos do sol, e segue caindo, com todo seu balé, nossa pele já molhada sem sair de casa, as paredes, o limo nas pedras, o asfalto ruindo, um enxame de guarda chvas se esbarrando acima das nossas cabeças.

O sol se foi a muito tempo esquecido. Facilmente eu me esqueci dele, não fez tanta falta, deixamos pra trás e por muitas vezes de maneira quase estranha, esquecemos dos campos floridos, da pele bronzeada, do nosso vigor, do nosso correr.

As vezes por entre todo o céu lindo e pesado, pintado de cinza, um atrevido raio de sol toca nosso queixo, para fazer o coração dar algum sobressalto, mas passa, pensamos, será que foi real, ou sonho, como era um dia de sol?

Um dia saiu de casa sem guarda chuva, foi se molhando debaixo das cachoeiras celestes, sua calma era um contraste com a fúria das águas. O sol se foi a vida continua embaixo das águas, todos molhados, e com a vida que desce para os esgotos subterrâneos.

2 comentários:

Thata disse...

E pegamos chuva sem guarda chuva mesmo. Lindo post, andante. por essas andanças nas Gerais, Não falta chuva de verão nem queijo minas. srsrsr. Adoro seu blog, Bjo ma testa, Thata.http://cafecomtrufa.blogspot.com/

A Equilibrista disse...

Hora de avisar pro sol que as férias dele já acabaram

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