segunda-feira, 16 de abril de 2012

Páginas


A velha prateleira.
A luz opaca, que mau ilumina.
Só aguça o tato.
A cera derretida da vela no pires.

Em meio a quietude desse pequeno quarto.
Ele está com suas páginas já frágeis.
Seu cheiro de poeira dos tempos.
Da sua bela história.

A sua memória tão eficaz.
Páginas que deveriam ser espelho.
Consolo das almas fragilizadas
Pelos cortes do amor.

O solitário que tem você nas mãos
Que acaricia suas páginas
Ele tem um meio sorriso no nevoeiro
Companhia para lembrar das suas próprias páginas.

Esquecidos.
Raros
Simples
Sozinhos

1 comentários:

A Equilibrista disse...

Me reconforto dia após dia por aqui...

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