domingo, 27 de março de 2011

O Palhaço Augusto.


Carregado de cicatrizes.
Frustrações pesadas.
Cacos, do que outrora foram sonhos.
Pesado, inclinado e destroçado.

A figura inclinada, se senta.
Olha seu reflexo, em um espelho rachado.
Dos olhos opacos, começa a surgir o brilho.
As tintas começam, a colorir o rosto.

O nariz se tinge de vermelho.
O paspalho vai saindo das roupas coloridas.
Desajeitado, com gestos gigantes.
Bebendo sorrisos alheios.

Brincando de recriar o mundo.
De consertar, o que nós mesmos estragamos.
Generoso, contagiante, deliciosamente exagerado.
Crianças o cercam, crianças adultas também.

O repeitável sacerdote da bobagem.
O lunático, que dá o que as vezes nem tem.
Sorrisos lhe devolvem a alma.
O abraçam, espantando sua solidão.

3 comentários:

Ana disse...

Augusto :)
gostei do nome.

A Equilibrista disse...

O sorriso é um remédio mágico!

Brojato disse...

Todos somos augusto...

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