quinta-feira, 1 de março de 2012

Vejo.


Vejo garotinhos.
Na corrida, pelo lugar mais alto.
Sejam eles:
Um assento no ônibus.
A uma cadeira mais alta no escritório.


Vejo a moça.
Que se enfeita, se exercita.
Com suas roupas caras.
Mas que no fundo.
Só quer um afago na alma.

Vejo o velho
Com suas rachaduras no rosto.
Com os olhos bondosos.
Querendo sobretudo.
Doar seu conhecimento de vida.

Vejo gente.
Que se martiriza.
Por ter medo de dizer, o que realmente sente.
Por sempre esperar alguém vir.
E não ter coragem, de correr para um abraço.

Me sento nessa pedra.
E vejo esse carrossél
Vejo as mesmas cenas.
Cenas do meu filme
Se repetem dia após dia.

Toda fuga, carrega o real desejo de ser encontrado.

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